A Comparative Timeline
This section presents a history of phonography in Brazil, Mozambique, Portugal and Goa (India) from a comparative perspective, through a timeline consisting of iconographic and audiovisual material. Go through the main facts that marked the trajectory of 78 rpm records and of radio broadcasting and get to know unique aspects about the history of sounds recorded in these countries and territories.
O Programa a “Hora Nativa”, que já transmitia nas linguas Ronga, Chuabo e Macua, foi substituído pelo Programa “A Voz de Moçambique”, sob direção da 3ª Divisão dos Serviços de Ação Psicossocial-Serviço de Ação Educativa e Cultural. No primeiro transmitia-se musica nas linguas locais enquanto no seguindo toda a ptogramacao era veiculada em linguas locais. Um dos princiais objetivos desses pogramas visa combater ideologicamente os movimentos nacionalistas, em geral, e a Frente de Libertacao de Mocambique (FRELIMO), em particular, fundada em Junho de 1962.
O sucesso de um programa experimental primeiro em Linga Rhonga realizado pelo RCM em 1957, patrocinado por empresas interessadas em vender radio-receptores entre as populações nativas moçambicanas, deu lugar ao Programa Hora Nativa a partir de Abril de 1958. Contudo, para além de motivações economicas, há que considerar o contexto sócio-politico. Pois, a partir da década de 1950 a África é marcada pelas independências das cólonias francesas e britânicas. Por meio deste programa, o regime colonial pretendia atrair as populações negras para evitar a sua adesão aos movimentos nacionalistas. Por isso, este programa era controlado pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), criada em 1945.
Para reforçar as ligações radiofónicas entre Moçambique, Portugal, Europa, América e as colónias portuguesas na Ásia, bem como em respsota à concorrência da SABC no espaço sul africano, o RCM adquiriu um emissor de 100 kw, o mais pontente do continente africano. Este emissor foi inaugurado pelo Presidente da República Portuguesa, General Francisco Craveiro Lopes, acompanhado pelo Ministro do Ultramar, Raul Ventura em 1956.
O primeiro disco da lendária fadista portuguesa Amália Rodrigues (1920-1999) foi editado no Rio de Janeiro - Brasil, em 1945, sob o selo da editora Continental. Os primeiros temas gravados intitulam-se Perseguição e As Penas. Amália continuou a gravar discos em exclusividade com a Continental até 1950, sendo que 1951 marca o ano em que a fadista passa a editar os seus discos em Portugal, sob o selo Melodia. Com a Continental, gravou música portuguesa, brasileira e espanhola.
Com a entrada em funcionamento da nova e mais potente estação emissora de Africa e do Imperio Portugues, tambem houve incremento de programas culturais. No dia 05 de Abril de 1940 pelas 23 horas foi inaugurado, no RCM em Lourenço Marques (Actual Maputo), o Programa Minuto de Amizade, uma réplica do programa Meia hora de saudade da Emissora Nacional. Tal evento foi encabeçado pela Sra. D. Maria Gilda de Bettencourt, esposa do Governador Geral de Moçambique, General Tristão de Bettencourt. O programa tinha como finalidade contribuir para a realização e satisfação afectiva, unidade moral da colónia com a da metrópole. Permitiu que os portugueses de Moçambique se fizessem ouvir em Portugal e noutras partes do mundo.
A instalação do emissor Siemens de 10 kw de Ondas Curtas, na altura, considerado pelos prórpios radialistas e outros como o maior em Africa e no imperio colonial portugues, permitiu a ligaçao radiofonica entre Moçambique, Portugal (alguns paises da Europa), alguns paises africanos e America do Norte. Dentre varios objectivos, constava a extensao da propaganda da colonizaçao portuguesa no estrangeiro; contribuir no combante ideologico ao inimigo apos a eclosao da II Guerra Mundial. Portanto, a nova estaçao emissora foi desenhada para ser mais do que a voz de Moçambique, gtendo como principal missao ser a voz portuguesa de Africa ou a Voz de Portugal.
O impacto do emissor de 10kw, a expansão do sinal radiofonico e o aumento do número de orquestras de salão, demandou novas infraestruturas, por isso, em 1939 o RCM tranferiu a sua sede do Prédio Já Assam, na Avenida da República (Actual Av. 25 de Setembro) para a Rua Araújo (Actual Rua de Bagamoyo). As máquinas permaneceram nas antigas instalações para posterior transferência para a Estação da Matola.
A necessidade de melhorar a prestacao do grupos musicais e resolução dos problemas do Quinteto Privativo do Radio Clube de Mocambique levou a contratacao do Maestro Belo Marques da Emissora Nacional em Portugal. Nos termos de responsabilidades contratuais ele tinha como responsabilidades: reger, ensaiar e reorganizar o Orfeão, os grupos corais e outros do RCM para executarem nos seus estúdios canções Portuguesas ou outras peças com acompanhamento de orquestras, incluindo os grupos de Jazz; acturar como violoncelista ou saxofonista; dirigir e organizar o “Arquivo Musical” da Radio; adaptar as peças quando necessário e escrever os papeis que faltassem para as suas orquestras.
Em 1937 o Radio Clube de Mocambique contratou cinco(5) musicos, a saber: Eduardo de Melo Leal-Violinista; Adolph Antonius Thorn Violoncelista; Eduardo de Matos-Pianista; Artur Fonseca-Violinista e Artur Augusto – Contra baixo para constituirem o seu Quinteto Privativo. Um dos seus principais objectivos consistia na prevencao da desertacao dos membros das Orquestra de Lourenco marques para conjuntos dedicados ao JAZZ. Este ultimo, visto como influencia para o abandono do que se chamou bom gosto e musica seria. Por isso, os tres (3) principais membros do quinteto foram proibido de participar de grupos de Jazz e de tocar o fado que nao tivesse origem no folclore. Mais tarde, este evoluiu para Sexteto com a admissão de Joao Paulo (Viola).
O Governo da Colonia de Mocambique, através da Portaria no 3.188, de 3 de Novembro, introduziu a taxa de licença anual de Esc.30$00 para os possuidores de rádio-receptores.
De acordo com História do Rádio Clube de Moçambique (S.d), a escolha do prédio Já Assam, na Avenida da República (actual Av. 25 de Setembro) como primeira sede e para a montagem do primeiro emissor do Grémio foi deliberada no dia 04 de Janeiro de 1933 e no mesmo dia a agremiação investiu 9.400$00 para o pagamento da renda anual pelo uso daquelas instalções, de onde seria oficialmente radiodifundida a primeira emissão da Rádio Moçambique na voz de Mário Souteiro a 18 de Março de 1984, data registada na História do país como dia da radiodifusão. Este evento visava resolver dois principais problemas: a inexistência de emissores de rádio em Moçambique e ausência da música portuguesa nas emissões estrangeiras.
A CT1AA foi a primeira rádio com emissões regulares, em Portugal. A estação pertencia a Abílio Nunes dos Santos, da família proprietária dos Armazéns do Chiado. A programação era essencialmente de música clássica (ou séria, como se dizia). Os armazéns chegaram a possuir uma secção de discos que, certamente, eram publicitados pela estação. O jornalista [Álvaro de Andrade] identificou os nomes dos locutores (speakers): Adriano Lopes Vieira e Mário Garrido Pinheiro. O dono de CT1AA deixou de emitir, primeiro em ondas médias e depois em ondas curtas, quando arrancou a estação pública Emissora Nacional. (Santos, 2017, 74). Até 1935, CT1AA emitiu em ondas médias, tendo passado, nessa altura, a emitir em ondas curtas até à sua extinção. Muitas vezes, os programas de música clássica, eram emitidos em direto, a partir das salas de concerto. (Santos, 2015)
Segundo matéria da Revista Rádio Moçambique publicada no ano de 1939, o primeiro receptor de radiodifusão, de origem americana, teria chegado a Moçambique entre finais de 1923 e princípios de 1924, marcando o início da radiofonia no país.
A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, primeira rádio brasileira, é criada através da iniciativa particular de um grupo de intelectuais e cientistas, tendo à frente o antropólogo e escritor Edgar Roquete-Pinto. A rádio teria finalidade de difundir educação e cultura, em um período em que não havia ainda no Brasil exploração comercial das atividades radiofónicas. Em 1936 é doada ao governo brasileiro e passa a se chamar Rádio Ministério da Educação (Rádio MEC), nome com o qual existe até os dias de hoje.
Fred Figner inaugura no Rio de Janeiro a Fábrica de Discos Odeon, a primeira da América Latina.
O cantor brasileiro Cadete lança em disco Odeon (108499) a música Morreu Dom Carlos, classificada como fado. Em 1908 morria assassinado no Terreiro do Paço em Lisboa o rei D. Carlos, criando uma enorme instabilidade política em Portugal, que levaria à proclamação da república em 1910. A canção gravada por Cadete salientava D. Carlos como um rei leal e verdadeiro, de caráter varonil e muito amigo do Brasil. A gravação termina com o brado Viva a memória de D. Carlos, seguido de uma frase de caráter algo debochado dita por alguém no estúdio: a portuguesada tá quase a chorar por causa disso. Conquanto seja classificado como um fado no rótulo do disco, a canção se aproxima muito mais do universo tango-brasileiro em voga no período.
Esta gravação, intitulada Comicio Republicano n'aldeia, foi efetuada em 1908, dois anos antes da efetiva implantação da república a 5 de outubro de 1910. Esta é uma obra de teatro sonoro que marca o clima de agitação aquando do final do regime monárquico em Portugal.
A interpretação dos atores é pautada por excertos da melodia, acompanhada de caixa de rufo, do hino nacional de França (La Marseillaise), símbolo dos ideais da revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Neste teatro declamado, ouvem-se vozes masculinas e femininas. Nomeadamente, a voz masculina do personagem principal refere-se à personagem feminina como tu és mulher de armas como não fazes ideia, até fazes tremer um homem, demonstrando o sentimento de igualdade de género nesta causa. Lançam-se vivas à República, aos deputados e ao “Zé Luís”, que discursa no comício. Zé Luís afirma que fica feliz por ver (...) que a unica e genuína republica, sem rei nem roque, que é a transformigação evolutiva do pensamento irracional... Todos como republica por iguais, todos pela mesma inteligência, a mesma cabeça, a mesma altura (....). Esta peça é pontuada por alguns momentos de humor, em torno dos momentos sérios.
O cantor brasileiro César Nunes, conhecido como o Phonógrafo Humano por seus números de imitação em vários teatros no Brasil e em Portugal, grava em 1907 Imitação de um batuque africano. Trata-se de uma das primeiras representações sonoras de um imaginário musical africano em discos de 78 rpm no Brasil: as inúmeras interjeições no canto e a tentativa de imitação de dialetos africanos demonstram o grau de preconceito, pretensa comicidade e primitivismo com que a indústria fonográfica passaria a tratar as musicalidades afro-brasileiras.
O ano de 1906 assinala a criação da primeira marca fonográfica portuguesa: os Discos Simplex. Registada no Boletim de Propriedade Industrial de 1906, a marca foi criada por José Castello Branco, comerciante de Lisboa. Ainda que fossem gravados em Portugal, os discos eram fabricados em outros países da Europa. Como afirma Losa (2013, p. 66): Os registos fonográficos da marca Simplex eram realizados pelos técnicos de gravação das empresas estrangeiras. Aproveitando as suas expedições de gravação em Portugal, o comerciante contratava os seus serviços, para que registassem o repertório a ser editado pela sua marca. Um exemplo do repertório luso-brasileiro gravado em discos Simplex é a canção A Cachassa, da revista Branco e Preto, gravada pela cantora Isabel Costa em 1911.
O cantor português Almeida Cruz vem pela primeira vez ao Brasil como parte integrante do elenco da companhia Taveira. A partir desta viagem, Almeida Cruz será figura constante nos palcos do Rio de Janeiro, para além de ter gravado dezenas de discos para a Casa Edison, com um repertório eminentemente voltado para a música tradicional portuguesa e para o fado.
A companhia discográfica francesa Pathé instala-se em Portugal, através da abertura de uma loja para comercialização de seus discos e gramofones na Rua de Cedofeita no Porto (LOSA, 2013, pp. 57). Um exemplo do repertório gravado pela Pathé em Portugal é a Canção Brasileira, pelo cantor Franco de Almeida, hoje parte integrante da Coleção José Moças da Universidade de Aveiro.
Uma das mais importantes companhias internacionais do disco, a inglesa The Gramophone Company, instala loja própria em Portugal, adotando o nome de sua subsidiária francesa Companhia Franceza do Gramophone. Segundo Leonor Losa (2013, pp. 51), a instalação da loja seria acompanhada de uma grande estratégia de promoção e divulgação de discos em jornais e revistas portuguesas. Entre estes discos já se encontram exemplos de repertório luso-brasileiro, como o maxixe Celestial, gravado pela cantora portuguesa Medina de Sousa em 1905 (Disco Gramophone Company 63584).
Os cantores portugueses Duarte Silva e Isabel Costa gravam o maxixe Vem cá mulata pela gravadora Beka, provavelmente entre os anos de 1904 e 1905. Composição do brasileiro Arquimedes de Oliveira, do Clube Carnavalesco Democráticos do Rio de Janeiro, este maxixe alcançou grande sucesso em Portugal, tendo recebido diversas regravações no país, com os cantores Rodrigues Vieira e Isabel Costa (Disco Simplex), Francisco Valério e Beatriz Pereira (Gramophone), Delphina Victor e Duarte Silva (Homokord) e Banda da Guarda Municipal de Lisboa. Vem cá mulata representa um dos muitos exemplos pelos quais o teatro de revista e a indústria fonográfia do início do século XX construíram o mito da mulata brasileira aliada à ideia de sensualidade e permissividade. Como afirma Herculano (2008, p. 82), para muitos intelectuais brasileiros e portugueses, a mulata simbolizava a ausência de pecados ao sul do Equador, a imagem utópica de uma sociedade sem pecado, raça ou classe. No mito da mulata, os homens brancos estavam sublimando sua secular violência contra as mulheres negras, ao mesmo tempo em que a população negra estava ganhando um espaço de representação dentro do universo cultural dominante.
A Banda da Guarda Municipal de Lisboa lança no ano de 1903 o maxixe A Capital Federal, de autoria do compositor brasileiro Nicolino Milano. Trata-se de um dos primeiros maxixes brasileiros a obter grande sucesso em Portugal. Era parte integrante da revista A Capital Federal de Arthur Azevedo, que estreara no mesmo ano com estrondoso êxito no Teatro da Trindade em Lisboa. Este maxixe receberia posteriormente gravações dos cantores portugueses Avelino Baptista e Jorge Bastos e do cantor brasileiro Geraldo Magalhães.
A Casa Santos Diniz, localizada na Praça dos Restauradores em Lisboa, começa a comercializar gramofones. Propriedade de Francisco Santos Diniz e seu filho Alberto Santos Diniz, a loja era especializada na divulgação e comercialização de tecnologias emergentes no final do século XIX, tais como ferros de engomar, material fotográfico e material fonográfico (Losa, 2013, p. 41). Nos anos seguintes, diversos comerciantes - tais como Carlos Calderón e Leopoldo Wagner - irão se firmar como representantes em Portugal das grandes majors internacionais da indústria do disco, como o grupo inglês The Gramophone Company e o grupo alemão Lindstrom.
Em janeiro de 1902 chega ao Rio de Janeiro um técnico de som da Zonophone Internacional Co., trazendo 250 chapas para serem gravadas no estúdio que Fred Figner montara nos fundos da Casa Edison. O resultado é tão bom que neste mesmo ano a Zonophone envia mais 500 chapas para a gravação. É o início da gravação mecânica no Brasil. Das centenas de gravações realizadas no ano de 1902, já se encontram os primeiros fados portugueses gravados no Brasil, como Fado Português (Zonophone 10009), Fado Hilário (Zonophone 10038) e Fado do Soldado Português (Zonophone 1518), todos gravados pelo cantor Bahiano. Infelizmente estes discos permanecem até hoje perdidos.
Fred Figner lança as primeiras gravações de música brasileira em cilindros de cera, tecnologia associada aos fonógrafos de Edison. Conforme anúncio nos jornais da época (como o jornal Correio da Manhã de 1901 e 1902), os primeiros cantores populares a serem gravados são os populares e apreciados canconetistas Cadete e Bahiano.
As primeiras experiências de telegrafia sem fios em Portugal foram realizadas pelo Capitão Severo da Cunha do Regimento de Engenharia (RTP). Após estas primeiras experiências, o Capitão Severo da Cunha efetua a ligação TSF entre dois pontos a 4300 metros de distância: o Forte do Alto do Duque (Lisboa, margem norte do Tejo) e a Bateria da Raposeira (Trafaria, margem sul do Tejo). É após o sucesso desta ligação que terá sido emitido o decreto (datado de maio) que conduziu à primeira regulamentação da telegrafia sem fios em Portugal, determinando a sua utilização exclusiva pelo Estado Português.
Em julho de 1901, Fred Figner, proprietário da Casa Edison, inicia as negociações com Frederick Prescott, representante da Zonophone International, com sede em Berlim, para viabilizar as primeiras gravações brasileiras com o disco gramofone inventado por Émile Berliner
É fundada na Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro, a Casa Edison, que viria a se tornar a primeira gravadora fonográfica brasileira. Foi criada por Frederico Figner, tcheco de nascimento imigrado para os EUA em fins do século XIX, onde havia tido intenso contato com Thomas Edison. Apaixonado por tecnologia, Fred Figner se faz representante do fonógrafo de Edison no Brasil, comercializando em sua loja as mais recentes novidades tecnológicas da época como câmeras fotográficas, frigoríficos, fonógrafos e “grafófonos”.
É fundada na Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro, a Casa Edison, que viria a se tornar a primeira gravadora fonográfica brasileira. Foi criada por Frederico Figner, tcheco de nascimento imigrado para os EUA em fins do século XIX, onde havia tido intenso contato com Thomas Edison. Apaixonado por tecnologia, Fred Figner se faz representante do fonógrafo de Edison no Brasil, comercializando em sua loja as mais recentes novidades tecnológicas da época como câmeras fotográficas, frigoríficos, fonógrafos e “grafófonos”.
É fundada na Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro, a Casa Edison, que viria a se tornar a primeira gravadora fonográfica brasileira. Foi criada por Frederico Figner, tcheco de nascimento imigrado para os EUA em fins do século XIX, onde havia tido intenso contato com Thomas Edison. Apaixonado por tecnologia, Fred Figner se faz representante do fonógrafo de Edison no Brasil, comercializando em sua loja as mais recentes novidades tecnológicas da época como câmeras fotográficas, frigoríficos, fonógrafos e grafófonos.
O técnico de gravação norte-americano William Sinkler Darby (1878-1950), um dos maiores especialistas em gravação de som à época, realiza as primeiras gravações mecânicas em discos de gramofone em Portugal (Losa, 2013, 48) sob o selo E. Berliner’s Gramophone, que posteriormente se tornaria na Gramophone Company. Terá chegado à cidade do Porto a 30 de outubro de 1900 (Belchior, 2013, 16). Sinkler Darby gravou diversos artistas locais, de entre os quais Duarte Silva, Acácia Reis, Reynaldo Varela e a Banda da Guarda Municipal. Desta expedição de gravação, que terá terminado a 6 de novembro de 1900, resultou a prensagem de 70 discos (Belchior, 2013, 17) . A coleção José Moças da Universidade de Aveiro possui 4 discos resultantes desta expedição: Polka garota, de J. Pontes, interpretada pelo mesmo; Hymno Nacional Portuguez, interpretado pela Banda da Guarda Municipal; Fado Hylario, de Augusto Hilário, interpretado por Duarte Silva e Oh Julia, interpretado por José Brito
A aprovação dos estatutos do Grémio dos Radiófilos da Colónia de Moçambique pelo Governador Geral, Coronel José Cabral, através da portaria n. 1.723, de 23 de Julho, uma agremiação de iniciativa privada, representada por Augusto das Neves Gonçalves, Alberto José de Morais, Firmino Lopes Sarmento e Aniano Mendes Sera, Ernesto Brito e Augusto Brito constituiu resposta à necessidade de instalação de uma emissora de radiodifusão em Moçambique que viria a concertizar-se no ano seguinte, sob mesma designão, tendo recebido o indicativo CR7AA, cujo objectivo inicia
A designação “Grêmio dos Radiofilos da Colônia de Moçambique (GRCM) passa a ser substituída pelo nome “Rádio Clube de Moçambique” (RCM) pela decisao da sua Assembleia Geral. Para evidenciar o facto, a partir do mes de Agosto de 1937, a Revista Radio Mocambique passa a ostentar esta nova designacao em substituicao da anteiror. Esta mudanca tambem seria o inicio de relacionamento mais aberto entreo Estado e a Radio.
Inicio da transferência da Emissora da Rua Major Araújo (Rua do Bagamoio) para Avenida 5 de Outubro (Rua do RCM em 1957, hoje Rua da Radio). A nova Sede contava com mais compartimentos para acomodar os diversos serviços de produção: estúdios, salas de ensaios para orquestras, arquivo musical, auditórios, salão de chá e outros.